A palavra política apresenta uma série de definições. Não queremos, nesta palestra, apresentar os conceitos ou as definições desta tão importante palavra.
De conformidade com os estudiosos, a Política é uma Ciência, a Ciência do Estado, a arte de bem governar os povos.
Paremos por aqui a fim de que falemos sobre os Arcanos ou mistérios da Política. Em que sentido a Política se constitui num mistério? No modo como os homens tem sido atraídos por ela.
É aqui que encontramos dificuldade para explicar o ministério que envolve essa tão estranha atração.
O que é que atrai os homens para a Política? É a facilidade que existe, nesse campo, para a prática da politicagem.
Aqui as coisas se invertem: a política propriamente dita, transforma-se em politicagem, que quer dizer política estreita, ardilosa, mesquinha e artificiosa.
Muitos são os candidatos, e são tantos que a Política, como uma Ciência, ainda não descobriu a incoerência dessa carreira frenética. E essa carreira, em busca do cobiçado talismã, já atingiu o paroxismo, e a grande Ciência Política não percebe que a politicagem deturpa os fins sublimes a que ela se propõe, qual seja, o bem comum, que é a meta primordial do Estado.
Se a Ciência Política é a arte de bem governar os povos, dentre outras funções, não deveria permitir o desgoverno produzido por aqueles que nunca souberam discernir o seu real significado.
O interesse de determinados indivíduos para o conhecimento desta Ciência seria um bom ponto de partida para a solidificação de nobres ideais. Contudo, o que se observa é a competição levada a efeito por pessoas sem nenhum entendimento nessa área, procurando apropriar-se de um direito que não é o seu.
Vota e ser votado é um preceito constitucional e democrático. Entretanto, prevalecer-se deste princípio para requerer do povo a eleição de determinados indivíduos, constitui um contra-senso, sendo esta a razão por que muita coisa anda errada em nosso país e em todo o mundo.
Homens sem nenhuma visão administrativa, sem nenhum interesse de ordem moral, enclausuram-se nos bastidores da política e aí ficam, anos a fio, prejudicando o povo e a nação.
Indivíduos sem escrúpulo, imorais, interesseiros, têm conquistado cadeiras nas diversas Câmaras, constituindo, isto, uma verdadeira Antítese, que poderíamos classificá-las de Antítese Política.
Infelizmente, grande parte do povo contribui para que isto aconteça.
Este é um tema muito amplo, não podendo ser sintetizado em duas palavras.
Muito embora não seja fácil a escolha de um candidato que preencha os requisito morais de que é digna uma nação, paremos para pensar e, sobretudo, para votar.
Direitos Autorais Reservados
Autor: Idalino Rodrigues de Freitas
Formado em Direito pela U.G.F - RJ
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